Castlemania é o décimo segundo album do Thee Oh Sees... "Mas quem caralho é o Thee Oh Sees, alguma banda nova? Heim, heim, heim, qual o estilo deles???" Já ouvi esta pergunta várias vezes, e já ouvi uma infinidade de baboseiras comparativas tipo: O vocalista é o não-sei-quem de não-sei-onde, o Jack-não-sei-das-quantas, ou o Billy-não-sei-o-que do bla-bla-bla garageiro e afins. Eu aconselho estas pessoas a ouvirem melhor o Thee Oh Sees, ou essas "referências" aí, pois creio que eles não carecem de nenhum referencial. O Thee Oh Sees é muito mais original do que se pensa.
O Thee Oh Sees, OCS, The Ohsees, Orange County Sound, Ohsees, ou até Orinoka Crash Suite, é a prova de que o instinto suicida é mais valioso que a atitude suicida, e não ficar preso a referência, ou à coleira elegante de uma única e exclusiva banda é mais saudável e até mais honesto para uma produção mais ampla e variada. E é isso que esta banda representa, pois dependendo do que der na veneta do inquieto John Dwyer, ela pode se desfazer num estalar de dedos, assim como aconteceu com seus projetos anteriores, ainda bem que que isso não tem indicativos de que vá acontecer tão cedo com a Oh Sees.
O John Dwyer, um inquieto maluquete de cabelo esquisito com cara de Crispin H. Glover, é um veterano do underground, com passagens por bandas como Coachwhips, Pink and Brown, Landed, Yikes, Burmese, The Hospitals, Zeigenbock Kopf, e foi acumulando experiências até chegar ao que se tornou a Thee Oh Sees, que no inicio - lá pelo ano de 1997 - não passava de mais uma idéia de gravações caseiras Lo-fi, foi tomando forma até chegar ao "Castlemania" aqui presente pra download no Canço Mariano. Formada em San Francisco, California, ou Frisco para os mais íntimos, heheh... a Thee Oh Sees tem um histórico discográfico confuso, sabe-se que desde 1997 já lançaram 12 álbuns e uma enorme quantidade de Ep's, 7'' inch e split's por uma infinita variedade de selos e gravadoras pelo mundo. Conta na sua atual formação, capitaneado pelo já citado John Dwyer nos vocais e guitarra, a belíssima Brigid Dawson também nos vocais, pandeiros, sinos, teclas e charme, o tatuado e competente Petey Dammit na nervozinha guitarra base e Mike Shoun nas peles, eles usam e abusam de efeitos fantasmagóricos, reverbs no talo e até sons e ruídos captados nas ruas que acabam dando uma cara bem mais informal, quebrando com os velhos padrões das Majors (eca!!!).
Meu camarada Pedro Rabelo da banda Bang Bang Babies já deu seu parecer sobre eles no Portal Rock Press, confiram: "O diferencial do Oh Sees é que eles acrescentam uma boa dose de psicodelia à crueza já conhecida de Dwyer, a presença de Brigid Dawson (dividindo os vocais com John) incorpora um potencial melódico à banda, se diferenciando do Couchwhips e Pink and Brown, por exemplo, que faziam punk-noise no talo. Às vezes é possível até notar uma flautinha aqui e ali. Meio hippie, né? Mas porra, os caras são de São Francisco, nada mais normal do que pequenos resquícios de Haight-Ashbury. Tudo isso se soma a uma presença de palco impecável - é fácil notar pelos videos que a banda se diverte tanto quanto o público, costumam tocar literalmente "no meio" de festas, sem palco"
Eu poderia ficar falando por horas a fio desta incrível banda, porém tenho mais o que fazer, como por exemplo OUVIR mais umas vezes seguidas este puta disco, portanto você também não perca tempo e faça este Download enquanto o link não expira.
Um comentário:
Putz, mais um disco foda deles!
Dwyer e os oh sees definitivamente dispensam comentários!
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